No dia 8 de junho foi celebrado o Dia Mundial dos Oceanos 2023, que teve como tema "Planeta Oceano: as marés estão mudando". O objetivo das Nações Unidas era gerar uma "nova onda de entusiasmo para cuidar e proteger o oceano e a totalidade de nosso planeta azul".
Uma nova oportunidade para refletir sobre a importância de preservar estes vastos ecossistemas aquáticos que cobrem mais de 70% da superfície da Terra — e uma oportunidade para refletir sobre como a arquitetura pode contribuir para sua proteção e conservação através do projeto de infraestruturas costeiras resilientes, do desenvolvimento de tecnologias energéticas marinhas, do design sustentável de edificações costeiras e da regeneração dos ecossistemas marinhos.
Design de infraestruturas e edificações costeiras resilientes
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Artigo relacionadoAs cidades situadas em costas estão especialmente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e tempestades cada vez mais violentas. A arquitetura pode desempenhar um papel importante na criação de infraestruturas resilientes em zonas costeiras, com o objetivo de proteger tanto as populações quanto o ambiente marinho. Algumas soluções práticas consistem na construção de diques e barreiras naturais, na reabilitação de mangues e na implementação de técnicas de design que permitam uma adaptação flexível às mudanças no ambiente costeiro. Existem vários exemplos de soluções práticas para combater as inundações através da arquitetura que podem ser aplicadas.
É fundamental que as edificações em áreas costeiras sejam projetadas de maneira sustentável, levando em conta seu impacto no ecossistema marinho circundante. A arquitetura pode promover práticas de design responsáveis, como a instalação de sistemas de tratamento de águas residuais, o uso de materiais de construção sustentáveis e a incorporação de elementos que promovam a biodiversidade marinha. Essas estratégias contribuem para minimizar o impacto negativo nos oceanos e sua conservação.
Desenvolvimento de tecnologias energéticas marinhas
A demanda por energia continua a crescer constantemente e a busca por fontes renováveis torna-se cada vez mais urgente. A arquitetura pode desempenhar um papel importante no avanço das tecnologias de energia marinha, como plataformas eólicas em alto mar e dispositivos de captação de energia das correntes marinhas. Essas soluções aproveitam a energia potencial dos oceanos, reduzem a dependência dos combustíveis fósseis e diminuem as emissões de gases de efeito estufa.
Regeneração de ecossistemas marinhos
A preocupação mundial com a degradação dos ecossistemas marinhos está aumentando. A arquitetura pode desempenhar um papel fundamental na restauração desses ecossistemas, criando estruturas artificiais que promovam a vida marinha. Recifes artificiais e sistemas de cultivo de algas são exemplos de projetos que não apenas fornecem habitats para espécies marinhas, mas também ajudam a purificar a água e contribuem para a diversidade biológica do oceano.
Um exemplo é a restauração ecológica de recifes através da impressão de argila em 3D, um projeto de restauração de corais como uma missão de pesquisa colaborativa entre o Laboratório de Fabricação Robótica, a Faculdade de Arquitetura e o Instituto Swire de Ciências Marinhas, ambos da Universidade de Hong Kong. O projeto foi encomendado pelo Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação (AFCD) e faz parte de uma medida de gestão ativa em andamento para a restauração de corais no Parque Marinho Hoi Ha Wan em Hong Kong.
